São Paulo amarga mais um início de ano com enchentes, bocas de lobo transbordando, árvores caindo sobre carros, deslizamentos de áreas de risco, desaparecidos em córregos. Triste rotina de uma cidade que continua a crescer sem planejamento, mesmo em pleno século 21.

Todo início de ano é a mesma retórica. Manchetes de jornais estampando catástrofes devido as fortes chuvas, naturais neste período. Enquanto o prefeito Kassab não pode reclamar de seu antecessor, pois foi reeleito e não há como dizer que não sabia da situação, a cada tarde o paulistano não sabe como chegará em casa.

Ao simples sinal de chuva já é momento de apreensão por parte das pessoas. Não há como definir uma única região como a mais prejudicada pelas chuvas, são todas as regiões da cidade que sofrem com as cheias. Em Itaquera, por exemplo, a situação é grave, pois os antigos problemas como as enchentes continuam a acontecer, mesmo com as obras anunciadas pela prefeitura.

Na Avenida do Estado, que liga o centro de São Paulo ao ABC a situação é ainda pior, pois com poucos minutos de chuva o rio Tamanduatei começa a transbordar para o desespero dos motoristas, que muitas vezes têm que abandonar os seus carros.

O grande número de queda de árvores levanta uma questão que transpõe os limites da Secretaria de Infra-estrutura Urbana chegando a pasta do Verde e Meio Ambiente, já que muitas dessas árvores que estão caindo sobre carros estão repletas de cupins e muitas delas podres, quase mortas. Não é necessário ser um estudioso para saber que estas árvores se recebessem um tratamento adequado não cairiam com poucos minutos de chuvas.

Vale destacar que estas árvores situadas em logradouros públicos deveriam receber o tratamento adequado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

Por enquanto, basta ao paulistano rezar, rezar e rezar para que não venham mais chuvas.